Farah Ashraf, Assad Hafeez, Faisal Imtiaz, Adil Ayub, Hassan Imtiaz
Enquadramento: A resistência aos antibióticos, uma ameaça contínua à prevenção e tratamento eficazes das infeções, é um problema comum que o mundo enfrenta atualmente. A gravidade do problema aumentou especialmente nos países em desenvolvimento, tendo a automedicação e o uso de múltiplos antibióticos como principais factores contribuintes.
Objectivo: Descrever o padrão de prescrição e dispensa de antibióticos nas farmácias e identificar os determinantes da automedicação de antibióticos entre os consumidores.
Metodologia: Foi utilizado um desenho de estudo transversal. Os dados foram recolhidos em 5 farmácias convenientemente selecionadas em Islamabad e Rawalpindi, utilizando um questionário estruturado padronizado durante o turno da noite em cada farmácia.
Resultados: No geral, foram dispensados 525 antibióticos a 386 doentes ou representantes com um custo total de 44.174 PKR (aproximadamente 437 dólares). Cerca de 64,8% (n=250) dos inquiridos receberam antibióticos mediante receita oficial, enquanto 35,2% (n=136) dos inquiridos receberam antibióticos por conta própria ou por recomendação do farmacêutico. Foi observada uma associação significativa entre o sexo, a idade, a ocupação dos inquiridos, o custo despendido com antibióticos e a automedicação.
Conclusão: As práticas de prescrição e distribuição de antibióticos em Islamabad e Rawalpindi não estão em total conformidade com as diretrizes padrão. Os antibióticos eram frequentemente prescritos e dispensados nas farmácias das cidades gémeas sem receitas oficiais. Além disso, na maioria das vezes, a maior percentagem de antibióticos era dispensada por prescrição e as pessoas tendiam mais para a automedicação porque consideravam que era uma solução barata para os seus problemas de saúde.