Abu Syed Md.
Objectivo: O estudo teve como objectivo avaliar a eficácia dos probióticos no contexto da diarreia aquosa aguda e os seus efeitos na imunoglobulina sérica em crianças.
Métodos: Ensaio clínico prospetivo em crianças dos um mês aos 12 anos hospitalizadas com diarreia aquosa aguda no Uttara Adhunik Medical College e alocadas para receber probióticos, antibióticos ou probióticos + antibióticos durante 30 dias de acordo com o protocolo de tratamento padrão da diarreia. As medições dos resultados clínicos incluíram a duração da diarreia e os eventos adversos do tratamento. A coprocultura e a imunoglobulina sanguínea foram analisadas nos dias 0 e 30.
Resultados: 166 crianças inscritas foram divididas em três grupos: Grupo A (probióticos), Grupo B (antibióticos) e Grupo C (probióticos + antibióticos), tendo 98 participantes regressado para uma consulta de seguimento no dia 30. Todos os grupos foram comparáveis nas suas características básicas. Os organismos causadores de diarreia entre os participantes finais (N = 98) foram o Rotavírus (69,4%), E. Coli (67,4%), organismos múltiplos (2 ou mais) (45,9%), Campylobacter (34 ,7%), Vibrio cholerae (20,4% ), Salmonella (10,2%), Shigella (9,2%) e Klebsiella (1,0%). A recuperação mais rápida ocorreu no Grupo A (3,03 ± 0,76 dias; Grupo C: 3,80 ± 1,10 dias; Grupo B: 4,11 ± 1,48 dias; p=0,001). No seguimento, a administração de probióticos foi associada à presença de Lactobacillus e Bifidobacterium comensais nas fezes.
Conclusão: A inclusão de probióticos no tratamento da diarreia aquosa aguda em crianças é eficaz, segura e resulta numa menor duração da diarreia e numa alta mais rápida do hospital. Os probióticos podem fornecer futuras estratégias alternativas de prevenção e tratamento nas doenças diarreicas infantis no Bangladesh.