Miguel Angel Medina Pabon e Olga Viviana Zaraza Moncayo
A enxaqueca crónica é uma doença incapacitante e debilitante, que afecta 1,7-4% da população em geral. É a terceira causa de dor moderada a intensa no serviço de urgência, em menos de 50 anos. Estas séries de casos descrevem a experiência de gestão da enxaqueca crónica num programa de cefaleias do IPS Envigado, Colômbia, destacando a importância da gestão não farmacológico e de fazer uma revisão do assunto. Foram incluídos 22 doentes que preenchiam os critérios de enxaqueca crónica e seguimento de um ano, utilizando gestão preventiva (propranolol, amitriptilina e ácido valpróico) e não farmacológica (exercícios aeróbicos, horários das refeições, dieta equilibrada, higiene do sono, evitar exposição solar, psicoterapia comportamental, técnicas de psiconeuroimunoterapia). Por fim, verificou-se uma redução dos episódios de enxaqueca em 88% e 75% em metade dos aderentes e não aderentes farmacológicos, respetivamente. Além disso, considera-se que a terapêutica não farmacológica teve um impacto significativo não só na melhoria do prognóstico, mas também na prevenção da cronicidade.